24
Abr 07

Todas as segundas-feiras, no Jornal da Noite da SIC.
De forma muito informal e através de uma linguagem acessível, a jornalista Raquel Marinho e o psicólogo Eduardo Sá dão oportunidade a crianças, jovens e adolescentes de dizerem de sua justiça sobre questões que nem sempre têm oportunidade de debater com os pais e professores.

Se tem filhos pequenos e ainda não teve oportunidade de ver este programa na SIC, fica aqui o site para poder ver ou rever.

É muito interessante e muito educativo para nós pais!

http://sic.sapo.pt/online/blogs/livrodereclamacoes/

 

Ficamos espantados com os comentários das crianças!

Não percam, é fantástico!

Participe, através do endereço livrodereclamacoes@sic.pt

publicado por SoniaGuerreiro às 12:06

21
Abr 07

O Afonso já nasceu!

Parabéns aos pais (Sara e Estrela)! Muitas felicidades!

Mais um habitante para a Aldeia de Nossa Senhora das Neves!

publicado por SoniaGuerreiro às 20:58
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20
Abr 07

A agitação na nossa cidade está quase a começar, sim, a nossa cidade só tem movimento nesta semana do ano! E este ano promete, tem um leque de artistas muito bom, embora alguns não sejam bem do meu agrado, mas de um modo geral, é muito bom. 

O numero de visitas este ano deve bater o record.

Veja o programa no site http://www.ovibeja.com

publicado por SoniaGuerreiro às 21:28
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17
Abr 07

Lista de despesas dos pais desde os primeiros meses de vida até à Universidade

Do nascimento aos 25 anos, das fraldas à universidade, criar um rebento pode chegar aos 678 mil euros. Se o amor por um filho não se mede em números, o mesmo não se pode dizer dos gastos com a sua educação. As crianças nascem e crescem. E as despesas crescem com elas.

À dúzia nem sempre sai mais barato. Que o digam Ana e Zé Luís Vaz e Gala, progenitores de uma rara escadinha de doze filhos que enche o duplex da sua casa de Campo de Ourique, em Lisboa, baluarte de desenhos nas paredes, corridas em patins, barulho das tropelias e disputa saudável da televisão. Uma conta muito desejada, atípica nos dias que correm, que exige peso, medida, pulso firme, jogo de cintura e muita ginástica para manter em ordem o orçamento do mês.

“Era o nosso projecto de vida ter uma família numerosa mas não estipulámos uma quantia. Antes de os termos não tínhamos ideia nenhuma de quanto custariam. Quando nos casámos não ganhávamos muito, cerca de 60 contos cada um”, explica Ana, uma médica de 46 anos com tarefas reduzidas às consultas domiciliárias.

“Morávamos numa casa com duas assoalhadas. Quando nasceu o quarto filho mudámo-nos para uma de quatro. Morámos nessa até há dois anos, já lá viviam 12 pessoas. Parecia um daqueles filmes neo-realistas italianos!”, acrescenta o patriarca do clã, professor de História e Português do 2.º ciclo, com 45 anos.

A aventura do casal, um dos sócios fundadores da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, começou há quase 20 anos. Os tempos eram outros e as dificuldades também. “As coisas estão extremamente caras. Se tivessemos esta família em 87 era mais fácil”. A fase de menor pressão doméstica durou apenas três anos, durante os quais o rendimento mensal de 2000 euros chegou a atingir os 5000, quando Zé Luís integrava uma comissão de serviço na Câmara Municipal de Lisboa. Ana tirou uma licença sem vencimento e ficou desvinculada do Centro de Saúde da Amora. Prevê regressar ao activo em breve. “Os miúdos ficavam apenas com uma empregada durante o dia, quase em autogestão”, recorda o casal.

O descendente mais velho faz 19 anos em Novembro, a última inquilina acaba de fazer um ano. Filipa, Francisco, Isabel, Maria, Luís, Acílio, Paula, Pedro, Teresa, Ana Maria, João e Zé habituaram-se ao substantivo ‘partilha’. As roupas, livros, brinquedos passam de mão em mão, os quartos acomodam dois ou três irmãos e os pedidos de aniversário aliam o útil ao agradável, como uma mochila nova para o ano lectivo que acaba de chegar. “Têm que aprender a dar valor ao dinheiro. Se vemos que querem algo necessário, fazemos os possíveis para que o tenham, se for secundário, fica para depois. Por paradoxal que pareça, a gestão tornou--se mais fácil, cada um já sabe o seu papel”, explicam os pais.

É em Setembro que o orçamento familiar mais se ressente, com os custos inerentes ao regresso às aulas. A aquisição dos manuais escolares é apenas um dos investimentos incontornáveis e aquele que maior rombo provoca. Mera ponta do icebergue, já que os gastos começam cedo, antes mesmo do primeiro choro do bebé.

No capítulo escolar, os Vaz e Gala são peremptórios. “O infantário é sempre oficial, depois optamos pelo privado. Quando terminam o 12.º ano, têm que entrar numa universidade pública. Este ano, entram os dois mais velhos: vão para Engenharia e Gestão”. E não é preciso ter uma licenciatura em Matemática para perceber que a soma das parcelas dá um valor exorbitante. “Cada um deles precisa em média de 10 livros escolares, a cerca de 15 euros. Dá 80 livros...” Este é apenas um dos cálculos capaz de pôr a cabeça a andar à roda. “Já nem sei fazer contas! E poupar no final do mês é completamente impossível...”, desabafa Ana.

QUANDO A FAMÍLIA CRESCE

Quando a família cresce, não é só a casa que tem que esticar. Os gastos domésticos aumentam com essa escalada. Electricidade, gás, água, supermercado são algumas das contas que disparam. “Não faz sentido pagar um ‘x’ de água e passar logo para o escalão empresarial, como nos aconteceu. Já conseguimos uma redução. As famílias não devem ser penalizadas. De ano para ano, notam-se menos apoios”.

Nem tudo são espinhos. Pequenos incentivos suavizam os encargos domésticos. Para além do “subsídio único simbólico por nascimento, recebemos um apoio financeiro do Ministério da Educação, que tem um protocolo com algumas instituições particulares. Temos redução de 40% no colégio”, diz Zé Luís. “Recebemos 4500 euros por 10 filhos, mas cobre muito pouco das despesas. O abono de família anda à roda de 60 contos por mês. Na Bélgica ou na França tínhamos direito a outro ordenado!”, destaca Ana.

Também se abrem outras janelas de oportunidade. Auxílios que completam o cabaz de apoios, produto da rede de solidariedade estabelecida com casais amigos. “Aproveitamos os descontos nas papelarias de bairro, as promoções nos hipermercados, etc. As famílias numerosas também têm defesas. Ao nível de transportes, da roupa, livros. Passam de uns para os outros, temos muita coisa herdada e trocamos coisas com outras famílias. A sociedade civil deve tornar-se mais activa”, defendem, sem arrependimentos pelo núcleo alargado. “Já não conseguia viver de outra forma!”, confessa Ana.

Noves fora, afinal quanto custa um filho? Apesar de alguns ‘anticorpos’ de-senvolvidos pelas famílias, estas não ficam imunes a uma despesa de suster o fôlego. Se o retorno de ter uma criança, ou mais, não tem preço, o investimento é tudo menos uma bagatela. João de Melo, economista, professor na Universidade de Coimbra, pai de quatro filhos, puxou dos galões da calculadora para estudar os gastos inerentes à sua educação, do nascimento aos 25 anos. Os números finais falam por si. Entre 211 e 678 mil euros é quanto pode sair das carteiras dos papás. É caso para dizer: “Meu filho, meu tesouro.”

“Fiz um cálculo de quanto custa um filho para a classe média, alta e baixa, para duas famílias com rendimentos líquidos mensais diferentes. Uma na casa dos 4000 euros, e uma outra simulação para um rendimento de 1750 euros. Ponderei a hipótese de ambos os pais trabalharem e de os filhos permanecerem em casa até aos 25 anos”, explica o autor do estudo ‘Quanto Custa um Filho’, apresentado há dois anos em Coimbra, que contempla aspectos como a habitação, alimentação, vestuário, transportes, saúde, educação e outras despesas residuais, juntamente com perdas adicionais de rendimentos para os pais trabalhadores. “Não considerei alguns ‘benefícios’ financeiros que ter filhos acarreta, como o abono de família, a dedução específica, por filho, que o IRS permite, os abatimentos à colecta (sempre superiormente limitados) das despesas de educação, de saúde. Mas é fácil reconhecer que os montantes de sinal positivo não representam mais do que uma pequena gota de água face aos custos”, sublinha ainda o economista.

Para Alice, de oito meses, os únicos mandamentos, que segue como ninguém, são comer e dormir. A actividade mais enérgica para breve será a natação. Para os pais, que viram a união de facto agraciada com a chegada da menina, as notas começaram a voar da carteira muito antes das primeiras braçadas da filhota. As fraldas, papas e chupetas dominam o quotidiano de Olga Costa e Rodolfo Correia, um casal ‘low budget’ de Arruda-dos-Vinhos, atento às oportunidades que fazem render o peixe com que se governam. “Queríamos ter um filho, mas não foi planeado. Na altura em que engravidei estava desempregada e não tive direito a licença de maternidade. Quando ela fez três meses deixei-a com a minha mãe. Se fosse para um infantário não conseguíamos”, conta a assistente administrativa, de 23 anos. “É indiscutível que a educação custa muito dinheiro. Vamos pagando aos poucos e nem nos apercebemos. As coisas não estão fáceis mas acredito que é possível. Ter trabalho fixo já é muito bom”, confessa Rodolfo, 27 anos, técnico profissional de reprografia. “Gastamos quinze euros por cada lata de leite, de três em três semanas, as fraldas é mais ou menos a mesma coisa, toalhitas a seis euros, mais cosmética, shampô, gel de banho... é tudo caríssimo, a 21% de IVA, e nada se mete no IRS. São considerados produtos de luxo. Os 80 euros de abono por mês cobrem as despesas correntes, mas falta sempre qualquer coisa”, lamenta a mãe.

NOVAS ALTERNATIVAS

O ritmo de vida mudou e com ele impuseram-se novas alternativas. Cortar nas despesas é a palavra de ordem e não basta comprar bonito. É preciso comprar barato. “A roupa é um balúrdio e dura dois meses. Uma peça que não chega a meio metro custa mais do que uma peça para nós. Não temos paranóia das marcas, até porque seria impossível”. O público fala mais alto do que o privado, tanto em educação como em saúde. O médico de família faz as vezes do pediatra e o infantário em vista é oficial. Tudo o que permite amealhar tostões tem primazia, mesmo que obrigue a percorrer três supermercados diferentes em busca dos preços mais convidativos. “Optámos por um carro a gás. Apostamos na energia alternativa e sai muito mais barato. Atestamos por metade do preço da gasolina. Cortámos nos jantares fora de casa, nas idas ao cinema. Assim que recebemos compramos coisas para ela”. Obrigações que adiam o retorno da cegonha. ”Não penso ter outro filho tão cedo. Talvez daqui a dez anos, se estivermos mais estáveis. Como não temos muito dinheiro, queremos dar a esta tudo o que podemos. É fundamental estar informado e não desesperar!” Mesmo para quem não é barra em contabilidade, critérios como planear e controlar são determinantes para uma vida desafogada e equilíbrio das finanças caseiras. Henrique Fonseca, monitor na área de orçamento familiar no CENOFA, Centro de Orientação Familiar, reforça a ideia de “mensalmente fazer um orçamento e de as despesas serem inferiores às receitas”. A necessidade de as famílias introduzirem critérios de rigor e autoplaneamento nas suas contabilidades passa, precisamente, por uma das questões fundamentais, a educação. “A pressão e obsessão com a educação ainda vai crescer mais no futuro. Cada vez começa mais cedo, no infantário. As pessoas querem escolher o melhor para os filhos, já que hoje em dia uma licenciatura não basta.”

Imperativo básico é o de tomar decisões, sendo que também elas têm um preço. “Aconselhamos a acautelar o futuro, falamos de regras práticas ao nível das contas de água, luz, supermercado, etc. Os filhos trazem a necessidade de fazer opções. Por exemplo, optei pelo ensino privado mas nunca fomos às Sheichelles e só trocamos de carro de cinco em cinco anos. Os filhos trazem uma série de custos, com a agravante de serem dois ou três ou mais. A casa já não dá, o carro também não, a logística de férias é outra...”, salienta Henrique, pai de sete filhos. Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão, daí a necessidade de apertar o cinto, redefinir prioridades e aderir a um modelo de organização quase empresarial, tentando tirar partido de algumas regalias. “Escolas e universidades onde a mensalidade é mais barata se lá tivermos mais do que um filho”, exemplifica o monitor.

A vida em família pode tornar-se uma maratona pela subsistência. A saída, segundo os especialistas em economia doméstica, é calcular os riscos e tirar proveito das oportunidades, sabendo de antemão que é necessário abrir mão de muitos projectos. Se o investimento global daria para satisfazer um punhado de sonhos, como uma casa luxuosa, automóveis topo de gama ou viagens à volta do Mundo, a maioria vê estas fantasias por um canudo.

Os bracarenses Maria Emília Marques e Narciso Gomes não são excepção. Gerentes comerciais, com 39 e 42 anos, contentam-se com as férias no Algarve, aproveitam as épocas de saldos e recorrem ao médico de família sempre que possível. Para que os quatro filhos possam ter uma educação esmerada, norteiam-se pelo ensino privado, esperançados num maior acompanhamento por parte de professores, educadores e técnicos auxiliares. “É sobretudo por causa da Joana, que tem dificuldades de aprendizagem e precisa de acompanhamento e programa de educação especial: começou por frequentar o ensino público, mas o apoio nunca foi efectivo”, diz o pai.

Para a família este é um novo ano de testes ao nível das despesas com a educação do benjamim Miguel, com oito meses, de Maria, 8 anos, André, 15, e Joana, com 16. Até agora, tinham três filhos no mesmo colégio e conseguiam um apoio de cerca de 50% da despesa mensal. Mas este ano André passou para o 10.º ano e transitou para outro estabelecimento. “Vamos ver até onde conseguimos ir. A formação dos filhos é fundamental e temos de lutar o máximo para lhes garantir a melhor formação que lhes pudermos disponibilizar”. Para já, cada coisa a seu tempo. Narciso e Emília não querem sequer pensar na universidade. “Isto é tipo uma escala. Cada ano, os encargos são maiores”.

Apesar do volume elevado de despesas, e do abono de 25 euros por filho, o casal não se arrepende do tamanho da prole, sem grandes planos para a engrossar ou colocar-lhe um travão. “Perde-se umas coisas, mas ganha-se outras. Podíamos ter outro tipo de vida, sair mais vezes e entrar noutro ritmo mais despesista. Mas assim temos uma vida mais familiar, almoçamos e jantamos em casa, há uma entreajuda muito grande entre todos nas tarefas diárias. Aprendemos a crescer uns com os outros e mais unidos. Viver assim, no meio desta sociedade tão materialista, dá-nos uma maior valorização da dimensão humana e uma grande estabilidade”.

SIMULAÇÃO PARA DUAS FAMÍLIAS

FAMÍLIA BETA (Coimbra)

RENDIMENTOS

Classe média/alta: o pai é professor universitário, e a mãe é técnica superior da Função Pública, a exercer um cargo de chefia. O rendimento mensal líquido total do casal Beta é 4200 euros.

HABITAÇÃO

Reside numa zona central da cidade, onde cada metro quadrado de habitação vale 2000 euros; cada filho implica mais 25m2 de casa (qualquer coisa como 50 mil euros, um equivalente a 1500 euros por ano).

Valor total ao fim dos 25 anos: 36 000 €

ALIMENTAÇÃO

O filho ingere três refeições por dia (custo unitário médio de 3 euros). Nos três primeiros anos o gasto é 60% deste montante; dos 9 aos 11 chega aos 90%. Depois vigora o valor “normal”.

Valor total ao fim dos 25 anos: 72 270 €

TRANSPORTES

Dos 3 aos 17, implica 40 km diários de deslocação em automóvel. No total isto representa 2600 euros ano; a partir dos 18 anos, dão um automóvel aos filhos e o custo de transporte passa para 5000 euros/ano.

Valor total ao fim dos 25 anos: 77 000 €

VESTUÁRIO

Compram a maioria da roupa em lojas “de marca”, de vez em quando nos saldos. O valor é maior entre os 12 e os 17 anos, quando as despesas anuais rondam os 1010 euros. Nos 6 primeiros anos gastam 60% desse valor.

Valor total ao fim dos 25 anos: 20 200 €

SAÚDE

Dados os actuais níveis de comparticipação da ADSE, e supondo um filho razoavelmente saudável, a média anual ronda os 400 euros para as despesas com médicos, dentistas, medicamentos e exames.

Valor total ao fim dos 25 anos: 10 000 €

A FACTURA MAIS PESADA: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Até aos 3 anos, a criança é cuidada por uma ama (500 euros/mês). Depois frequenta um jardim infantil (com uma mensalidade de 300 euros). Segue-se um colégio privado dos 6 aos 17 (que pode custar até 5000/ano), mais várias actividades extracurriculares (300 euros/mês), mais 400 euros/ano em material de apoio. A partir dos 17 anos, o filho entra numa universidade pública, em Lisboa, onde paga 700 euros anuais de propinas. Os pais investem ainda cerca de 300 euros em despesas de alojamento.

Valor total ao fim dos 25 anos: 169 500 €

OUTRAS DESPESAS

Cada filho implica um acréscimo de gastos anuais em electricidade, água, roupa de cama, telefone, consumíveis diversos, etc. Supõe-se que isso vale 2 euros por dia até aos 12 anos e 3 euros por dia até aos 24.

Valor total ao fim dos 25 anos: 22 995 €

VALOR TOTAL

(Quase 140 mil contos, sem considerar o rendimento perdido, cerca de 270 900 euros, correspondentes ao número de horas despendidas com os filhos que poderiam ser canalizadas no emprego, no aproveitamento de horas extras e progressão de carreira profissional). Ao fim de uma vida de trabalho, 36 anos, o casal Beta terá ganho 2.160.000 euros.

31% desse rendimento será usado para pagar as despesas de criação e educação do seu filho único.

Custo Total: 678 875 €

FAMÍLIA ALFA (Cacém)

RENDIMENTOS

Classe média/baixa. O pai é técnico de manutenção de máquinas de frio numa empresa de Lisboa, e a mãe é assistente administrativa na Câmara de Odivelas. Rendimento mensal líquido total: 1700 euros.

HABITAÇÃO

Reside junto à linha de Sintra, onde cada metro quadrado de habitação vale 1000 euros; cada filho implica mais 15m2 de casa (o valor ronda os 15 mil euros, equivalentes a 450 euros por ano).

Valor total ao fim dos 25 anos: 10 800 €

ALIMENTAÇÃO

O filho ingere três refeições por dia (o que representa um custo unitário médio de 1,5 euros, metade dos Beta). Nos três primeiros anos o gasto é 60% deste montante; dos 9 aos 11 atinge também os 90%.

Valor total ao fim dos 25 anos: 36 146 €

TRANSPORTES

A família vai no seu carro para o centro de Lisboa. Com o filho, até aos 15 anos, fazem todos os dias mais 10 km. No total, isto representa 650 euros ano; a partir dos 14 anos, o filho gasta 45 euros/mês em transportes públicos.

Valor total ao fim dos 25 anos: 15 040 €

VESTUÁRIO

Compram a maioria da roupa em hipermercados e feiras, quase sempre nos saldos. Entre os 12 e os 17 anos, as despesas médias anuais 480 euros/ano. A partir dos 18 anos, ambas gastam apenas 80% desse valor de referência.

Valor total ao fim dos 25 anos: 9600 €

SAÚDE

Supondo que o filho não apresenta problemas excepcionais de saúde, estima-se uma média anual de 300 euros para cobrir as mesmas despesas relativas à família Beta nesta área.

Valor total ao fim dos 25 anos: 7500 €

A FACTURA MAIS PESADA: EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Até aos 6 anos, a criança permanece numa creche subsidiada (mensalidade de 100 euros). Depois ingressa no ensino oficial, gratuito, até aos 17. Com um grande esforço, no entanto, os pais Alfa pagam explicações nos últimos 3 anos (250 euros por mês). A partir dos 17 o filho entra numa universidade privada, em Lisboa, onde paga 3000 euros de propina anual durante os quatro anos de duração média do curso. Os papás inscrevem o filho em apenas uma actividade extracurricular, que consome mensalmente uma média de 100 euros.

Valor total ao fim dos 25 anos: 51 600 €

OUTRAS DESPESAS

Calcula-se que isto representa 1,5 euros (metade dos gastos da família Beta) por dia até aos 12 anos e 2 euros por dia até aos 24. Entre os 0 e os 11 as despesas atingem logo os 548 euros anuais.

Valor total ao fim dos 25 anos: 16 060 €

VALOR TOTAL

(Mais de 42 mil contos, sem considerar as perdas de rendimento para o casal, qualquer coisa como 64 500 euros, por também eles prescindirem de algum tempo despendido no trabalho, que poderia fazer a diferença na valorização do seu pecúlio no final do mês)

Ao fim de 36 anos de trabalho, o casal Alfa terá ganho cerca de 900 000 euros. 23% desse rendimento será usado para pagar as despesas de criação e educação do seu filho único.

Custo Total: 211 246 €

E QUANDO A FAMÍLIA CRESCE AINDA MAIS?

Haverá economias de escala na dimensão familiar (isto é, quanto mais filhos menos caro fica cada um)? Em algumas despesas, claro que sim: um pai que passa uma hora por dia com o filho não passará 4 horas por dia com os quatro filhos! Alguns livros escolares podem passar de irmão para irmão

há roupa que passa de irmão para irmão, muitas das viagens para transportar crianças podem combinar os trajectos de mais de um filho Mas na grande maioria das despesas não há economias de escala!

FAMÍLIA VAZ E GALA: 12 FILHOS

Rendimento mensal: 2000 euros

Abono: 4500 euros/mês

Habitação: 900 euros de renda mensal, duplex, sete assoalhadas, em Lisboa

Alimentação: cerca de 400 euros/mês

Transportes: 2 carrinhas, 70 euros por semana em gasolina

Saúde: despesas apenas de dentista e farmácia

Escola: 150 euros para todos + 80 livros * 15 euros

Vestuário: beneficiam da economia de escala e das trocas com outros casais

Férias: em casa de familiares em Oliveira do Bairro, e na zona de Lisboa

FAMÍLIA COSTA E CORREIA: 1 FILHA

Rendimento mensal: 1200 euros

Abono: 80 euros/mês

Habitação: casa própria, prestação mensal ao banco de 400 euros, três assoalhadas em Arruda-dos-Vinhos

Alimentação: mais de 100 euros mensais em leite, papas e fruta

Despesas com contas de casa: 100 euros

Transportes: carro com combustível a gás

Saúde: despesas de vacinação essencialmente (75 euros por cada uma das cinco contra a meningite)

Escola: a filha fica à guarda dos avós maternos. Aos três anos ingressará num infantário público perto de casa

Vestuário: só agora começam a comprar roupa, a maioria foi herdada ou oferecida

Férias: passadas na casa de Verão da família, na praia do Baleal

FAMÍLIA MARQUES GOMES: 4 FILHOS

Rendimento mensal: 2800 euros

Abono: 100 euros/mês

Habitação: moradia T4, c/ empréstimo bancário, São Lázaro, Braga

Alimentação: 1000 euros por mês

Transportes: um monovolume

Saúde: Despesas reduzidas. Raramente estão doentes e procuram sempre o médico de família.

Escola: 470 euros/mês, 90 euros por mês para a creche do bebé, 500 euros em livros e material escolar

Vestuário: preferem os saldos no início de cada época

Férias: passadas na praia, em Portugal (normalmente duas semanas no Algarve)

PRESTAÇÕES AQUÉM DO IDEAL

APOIO SOCIAL ÀS FAMÍLIAS

Distante de um regime de Segurança Social exemplar, como o francês que inclui o subsídio de nascimento (830 euros), de base (166 euros até aos três anos) e o de início de aulas para os agregados desfavorecidos – 265 euros), o português é mais modesto. Licença de maternidade e paternidade, subsídio de nascimento e aleitação, abono de família para crianças e jovens, são as principais prestações pecuniárias, de montante variável. Em Maio, o total de titulares de prestações familiares era 1 640 871.

MAIS VELHO E COM FAMÍLIAS MENOS NUMEROSAS: O PAÍS EM NÚMEROS

106 081 nados vivos (menos 2,9% do que em 2003)

108,7% é o índice de idosos por cada 100 jovens até aos 14 anos

1,4 número médio de filhos por mulher, idêntico à média geral europeia

71% das famílias têm no máximo 3 filhos

OS FARDOS DE UM SISTEMA DESIGUAL

João de Melo, 43 Anos. Economista, autor do estudo ‘Quanto Custa um Filho’, apresentado no Centro Integrado de Apoio Familiar de Coimbra, em 2004.

- No seu trabalho parte de um cenário evidente: o da quebra da natalidade. Temos cada vez menos filhos porque eles ‘saem’ cada vez mais caros?

- A decisão de ter ou não filhos resulta de um conjunto complexo de factores. Mas a abrupta queda do nível de vida que se segue à sua geração ajuda a que poucos arrisquem ir além de um ou dois filhos, apesar de os inquéritos mostrarem que os portugueses gostavam de ter mais filhos.

- Alerta também para o ‘síndroma do cuco’. Em que consiste?

- O cuco é um pássaro que põe os ovos nos ninhos dos outros e deixa que sejam outros a cuidar do futuro da sua espécie. Suponhamos uma sociedade constituída por dois casais de igual rendimento: os Silva, com 4 filhos, e os Lopes, que decidem não ter filhos. Na idade de aposentação, quem vai pagar ambas as reformas vai ser a geração seguinte, isto é, os filhos dos Silva! Ou seja: são os que têm filhos que arcam com a parte de leão das despesas de criação da geração seguinte cujo trabalho permitirá pagar tanto as suas reformas como as dos outros (que não tiveram despesas): é como se os Lopes pusessem os ovos no ninho dos Silva O nosso actual sistema socializou os benefícios da geração de filhos mas manteve privados os seus custos.

- Como repor então o equilíbrio social?

- Se socializámos, no pós-II Guerra, os benefícios de ter filhos, talvez seja justo que socializemos também uma parte significativa dos custos, de forma a que todos (mesmo os que resolvem não ter filhos) paguem mais por igual a formação da nova geração da qual, em última análise, todos beneficiam.

Maria Ramos Silva com Mário Fernandes

In Correio da Manhã

publicado por SoniaGuerreiro às 12:31
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O essencial é ter um estilo de vida saudável:
  • com exercício físico regular,
  • com uma alimentação equilibrada, pobre em sal, açúcares e gorduras saturadas,
  • mantendo peso adequado,
  • consumir álcool apenas de forma ligeira,
  • não fumar.
Procurar o seu médico de família para vigiar e controlar regularmente:
  • Tensão arterial
  • Diabetes
  • Colesterol
  • Ritmo cardíaco, com a realização de electrocardiograma.

 

In Sapo Saude

publicado por SoniaGuerreiro às 12:12
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16
Abr 07

Raptos, sequestros e roubos em escalada

A criminalidade violenta está a atingir proporções preocupantes. De acordo com os últimos dados oficiais da PJ, o número de inquéritos relativos a crimes que pressupõem o uso de violência, como raptos, sequestros e tomada de reféns, subiu 14 por cento entre 2005 e 2006.

Segundo o Relatório de Actividades da PJ de 2006, a que o CM teve acesso, no ano passado foram abertos 589 inquéritos relativos a raptos, sequestros e tomada de reféns, mais 73 do que no ano anterior. Já em 2004 foram registados apenas 490 inquéritos.

Os inquéritos sobre roubos, tráfico de pessoas, homicídios, ofensas à integridade física grave, detenção ou tráfico de armas proibidas também registaram subidas assinaláveis. No primeiro caso (roubos) entraram no ano passado 1951 inquéritos, contra 1603 em 2005; no segundo caso (homicídio consumado) foram registados no ano passado 236, mais trinta do que no ano anterior.

Os crimes de ofensas à integridade física grave e tráfico de armas proibidas aumentaram, respectivamente, de 67 para 129 e de 111 para 115, entre 2005 e 2006. O documento da PJ aponta mesmo para uma “maior utilização da violência” na prática de crimes a “par de alguma generalização do uso de armas de fogo”.

Em declarações ao CM, o director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, explicou que existe no nosso país “um tipo de crime violento ligado ao sequestro e ao rapto que tem muito a ver com as relações interfamiliares”. Por exemplo, quando os pais raptam ou sequestram os próprios filhos. Aliás, de acordo com Alípio Ribeiro, boa parte dos inquérito sobre raptos e sequestros está relacionada com questões de família.

Quanto ao uso das armas de fogo, o director da PJ diz que na área do crime grave é muito preocupante “porque é um sinal de risco”. O recente assalto a uma bomba de gasolina em Benavente, durante o qual foi morta a tiro de caçadeira uma mulher de 43 anos, é um exemplo disso. Alípio Ribeiro defende que “há uma necessidade de dominar esse negócio clandestino de armas” e refere também, com apreensão, outro tipo de crime violento: “O homicídio com arma de fogo praticado por pessoas que estão autorizadas a tê-las.” Dá como exemplo os crimes passionais.

Por todas estas razões, a PJ vai continuar a incidir e a focalizar as acções na prevenção e na investigação da criminalidade complexa e violenta. No entanto, conforme se pode ler no referido relatório, este ano a prioridade será o combate ao terrorismo, tráfico de estupefacientes e criminalidade económica e financeira, com especial destaque para o combate à corrupção.

A PJ vai apostar também este ano num “acréscimo de responsabilidades na Europol, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.

MENOS 248 INQUÉRITOS

No ano passado foram registados 22 315 inquéritos, menos 248 do que em 2005. Mas segundo aponta o relatório, os inquéritos são cada vez mais “complexos”

ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS

Os abusos sexuais a crianças e adolescentes estão a aumentar. Em 2006, foram abertos 1064 inquéritos, enquanto em 2005 foram registados 939.

PASSAGEM DE MOEDA FALSA

O número de inquéritos a crimes de passagem de moeda falsa diminuiu no ano passado, tendo sido registados 7219 contra 7365 inquéritos abertos em 2005.

FOGO POSTO EM FLORESTAS

Em 2006 foram abertos 2356 inquéritos por fogo posto em florestas, colocando este crime no 2.º lugar do ranking dos crimes registados pela PJ.

FORMAÇÃO ATÉ AO FINAL DO ANO

As provas para recrutamento de 150 inspectores já decorrem. Há 15 dias efectuaram-se as provas escritas a 2000 candidatos. Até ao fim do ano espera-se o arranque na formação.

JUDICIÁRIA À ESPERA DE MAIS 150 INSPECTORES PARA ESTE ANO

Os recursos humanos ao serviço da PJ apresentaram um ligeiro decréscimo em 2006, algo que vem acontecendo desde 2004. Neste momento está a decorrer um concurso externo para recrutamento de 150 inspectores estagiários que conta já com mais de 6000 candidatos para as provas de ingresso. Para além deste, decorrem também concursos para carreiras técnicas do pessoal de apoio.

Do total do pessoal efectivo da PJ, a categoria do pessoal de investigação criminal representa 45 por cento, com 1145 inspectores. Quanto ao número de detenções efectuadas, este tem vindo a aumentar nos últimos anos.

Em 2006 a eficácia na identificação e detenção dos responsáveis por actos ilícitos traduziu-se em 2497 casos, um aumento de 6,9 por cento relativamente ao ano anterior, e 13 por cento quando comparado com 2004. Os departamentos de Lisboa e Porto registaram a maior percentagem do total de detenções: 19,6 e 12, 2 por cento respectivamente.

MEIOS DA PJ E DETENÇÕES

Detidos: 2.209 (2004) / 2.335 (2005) / 2.497 (2006)

Recursos humanos: 2.681 (2004) / 2.671 (2005) / 2.575 (2006)

Fonte: PJ

CASOS DE CRIMES VIOLENTOS

HOMICÍDIO EM BENAVENTE

Uma mulher foi morta a tiro na passada sexta-feira durante um assalto a um posto de combustíveis em Benavente.

RECÉM-NASCIDA RAPTADA

Com apenas três dias de vida, Andreia Elizabete foi raptada no Hospital de Penafiel. Um ano depois foi encontrada.

OURIVES ESFAQUEADO

O proprietário de uma ourivesaria da zona de Aveiro foi violentamente esfaqueado por um assaltante na passada 5.ª feira.

SERIAL KILLER ACUSADO

O ex-cabo da GNR António Costa é acusado pelo Ministério Público da morte de três raparigas de Santa Comba Dão.

COMBATE À CORRUPÇÃO: EM 2006 FORAM ABERTOS 366 INQUÉRITOS

O combate à corrupção é uma das principais prioridades da Polícia Judiciária (PJ) para este ano. De acordo com um relatório de actividades da PJ, a corrupção ocupa o 9.º lugar no ranking dos crimes registados por aquela polícia. Só no ano passado foram abertos 366 inquéritos, menos quatro do que em 2005.

“O combate ao terrorismo, ao tráfico de estupefacientes e à criminalidade económica e financeira, com especial destaque para o combate à corrupção, representarão papel fulcral na investigação criminal desta polícia”, pode ler-se no relatório.

Uma posição que vai assim ao encontro do apelo lançado pelo Presidente da República, Cavaco Silva. Aliás, também a Assembleia da República está a discutir neste momento um conjunto de propostas no âmbito do combate à corrupção.

Dos 22 315 inquéritos abertos no ano passado pela PJ, 878 referiam-se a crimes contra o Estado. A corrupção liderou este tipo de delitos em 2006, com 366 inquéritos abertos e 422 saídos, seguido do peculato, com 223 entrados e 294 saídos.

Na investigação de crimes de corrupção, segundo o relatório de actividades, a PJ gastou 3205 euros.

MOVIMENTO PROCESSUAL (Inquéritos)

Entrados: 25614 (2004) / 22563 (2005) / 22315 (2006)

Regressados: 1398 (2004) / 1418 (2005) / 1410 (2006)

SAÍDOS – TOTAL: 24591 (2004) / 25773 (2005) / 23375 (2006)

Com proposta de dedução de acusação: 4390 (2004) / 4713 (2005) / 4792 (2006)

Arquivados: 13630 (2004) / 16934 (2005) / 14831 (2006)

Junto a outros inquéritos: 1583 (2004) / 1940 (2005) / 1881 (2006)

Enviados para outras entidades: 4988 (2004) / 2186 (2005) / 1871 (2006)

Pendentes: 16513 (2004) / 14571 (2005) / 14748 (2006)

Investigados (pendentes + entrados + regressados): 41551 (2004) / 40494 (2005) / 38296 (2006)

INQUÉRITOS ENTRADOS E SAÍDOS POR CATEGORIAS E TIPOS DE CRIME

CONTRA AS PESSOAS

ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E DEPENDENTES

2004: 1109 (entrados) / 1057 (saídos)

2005: 939 (entrados) / 1186 (saídos)

2006: 1064 (entrados) / 1087 (saídos)

HOMICÍDIO CONSUMADO

2004: 227 (entrados) / 270 (saídos)

2005: 206 (entrados) / 230 (saídos)

2006: 236 (entrados) / 236 (saídos)

OFENSAS À INTEGRIDADE FÍSICA GRAVE

2004: 117 (entrados) / 90 (saídos)

2005: 67 (entrados) / 108 (saídos)

2006: 129 (entrados) / 135 (saídos

RAPTO, SEQUESTRO, TOMADA DE REFÉNS

2004: 490 (entrados) / 538 (saídos)

2005: 516 (entrados) / 560 (saídos)

2006: 589 (entrados) / 634 (saídos)

TRÁFICO DE PESSOAS

2004: 25 (entrados) / 14 (saídos)

2005: 27 (entrados) / 23 (saídos)

2006: 16 (entrados) / 28 (saídos)

VIOLAÇÃO

2004: 240 (entrados) / 277 (saídos)

2005: 241 (entrados) / 265 (saídos)

2006: 238 (entrados) / 274 (saídos)

CONTRA O PATRIMÓNIO

BURLAS

2004: 295 (entrados) / 344 (saídos)

2005: 322 (entrados) / 371 (saídos)

2006: 338 (entrados) / 402 (saídos)

OUTROS ROUBOS

2004: 1618 (entrados) / 1143 (saídos)

2005: 1603 (entrados) / 1715 (saídos)

2006: 1837 (entrados) / 1951 (saídos)

ROUBOS NA VIA PÚBLICA

2004: 326 (entrados) / 260 (saídos)

2005: 327 (entrados) / 319 (saídos)

2006: 321 (entrados) / 382 (saídos)

CONTRA A VIDA EM SOCIEDADE

ASSOCIAÇÕES CRIMINOSAS

2004: 82 (entrados) / 121 (saídos)

2005: 95 (entrados) / 116 (saídos)

2006: 79 (entrados) / 105 (saídos)

DETENÇÃO ILEGAL DE ARMA DE DEFESA

2004: 10 (entrados) / 6 (saídos)

2005: 13 (entrados) / 21 (saídos)

2006: 8 (entrados) / 8 (saídos)

DETENÇÃO OU TRÁFICO DE ARMAS PROIBIDAS

2004: 105 (entrados) / 98 (saídos)

2005: 111 (entrados) / 118 (saídos)

2006: 115 (entrados) / 131 (saídos)

TRÁFICO DE ESTUPEFACIENTES

2004: 1272 (entrados) / 1423 (saídos)

2005: 1242 (entrados) / 1396 (saídos)

2006: 1256 (entrados) / 1349 (saídos)

CONTRA O ESTADO

CORRUPÇÃO

2004: 285 (entrados) / 280 (saídos)

2005: 370 (entrados) / 381 (saídos)

2006: 366 (entrados) / 422 (saídos)

PECULATO

2004: 225 (entrados) / 206 (saídos)

2005: 248 (entrados) / 276 (saídos)

2006: 223 (entrados) / 294 (saídos)

TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS

2004: 9 (entrados) / 7 (saídos)

2005: 15 (entrados) / 11 (saídos)

2006: 20 (entrados) / 15 (saídos)

Fonte: PJ

In Correio da Manhã

publicado por SoniaGuerreiro às 11:27
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12
Abr 07
A criancinha quer Playstation. A gente dá.

A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.

A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.

A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.

A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.

A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.

A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.

Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.

Desperta.

É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.

A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.

A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.

A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».

Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».

A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».

Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.
In
A DEVIDA COMÉDIA
Miguel Carvalho
Visão
É a mais pura das realidades! Gostei de ler....
publicado por SoniaGuerreiro às 23:17
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Se quiser fugir, pra qualquer lugar que for
Nem precisa me chamar, tão perto que eu estou
Com esse medo de perder, não te deixa me olhar
Esqueça o que passou, que tudo vai mudar
Agora eu posso ser seu anjo, seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só
Meu amor

Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar

Eu penso te tocar, te falar coisas comuns
E poder te amar, o amor mais incomum
Não deixo o medo te impedir, de chegar perto de mim
O que aconteceu ontem não vai mais repetir
Me deixa então estar contigo, seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só
Meu amor

Se quiser
Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar

Me deixa ser real e te ajudar a ser feliz
Porque eu sou o seu fogo, tudo o que você quis

Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar

 

 

Como eu gosto desta musica!

publicado por SoniaGuerreiro às 20:14
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publicado por SoniaGuerreiro às 19:48
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O novo padre da paróquia estava tão nervoso no seu primeiro sermão que quase não consegiu falar.
Antes do seu segundo sermão, no Domingo seguinte, perguntou ao Arcebispo como poderia fazer para relaxar.
Este sugeriu o seguinte:

"Da próxima vez, coloque umas gotinhas de vodka na água e vai ver que, depois de alguns goles, vai ficar mais relaxado."
No Domingo seguinte o Padre aplicou a sugestão e sentiu-se tão bem, que poderia falar alto até no meio de uma tempestade, tão descontraído se encontrava.

Depois de regressar à reitoria da paróquia, encontrou um bilhete do Arcebispo que dizia:

Caro padre

Da próxima vez, coloque umas gotas de vodka na água e não umas gotas de água no vodka.
Deixo-lhe os seguintes reparos para que não se repita o que vi no sermão de hoje:

- Não há necessidade de pôr limão e sal na borda do cálice.

O missal não é, nem deverá ser usado como apoio para o copo.

- Aquela casinha ao lado do altar era o confessionário e não a casa de banho.

- Evite apoiar-se na imagem de Nossa Senhora e muito menos abraçá-la e beijá-la.

- Existem 10 mandamentos e não 12.

- Os apóstolos eram 12 e não 7. Nenhum era anão.

- Não nos referimos ao nosso Salvador, Jesus Cristo, e seus apóstolos como: "J.C. & Companhia".

- David derrotou golias com uma fisga e uma pedra. Nunca lhe foi ao cú.

- Não nos referimos a Judas como "filho da puta".

- Não deverá tratar o Papa por "O Padrinho".

- Judas não enforcou Jesus e o Bin Laden não tem a ver com esta história.

- A água benta é para benzer e não para refrescar a nuca.

- Nunca reze a missa sentado na escada do altar, muito menos com um pé sobre a Bíblia Sagrada.

- As hóstias devem ser distribuídas pelo povo. Não devem ser usadas como aperitivo para acompanhar o vinho.

- Procure usar roupas debaixo da batina e evite abanar-se quando estiver com calor.

- Os pecadores vão para o inferno e não "para a puta que os pariu".

- A iniciativa de chamar o público para dançar foi muito plausível, mas fazer um " comboio" pela igreja é que não!

Pelos 45 minutos da missa que acompanhei, notei estas falhas. Lembro-lhe também que uma missa leva em torno de 1 hora e não 2 tempos de 45 minutos cada.

Importante:
Aquele sentado no canto do altar, ao qual se referiu como "paneleiro, travesti de saia", era eu!

Espero que estas falhas sejam corrigidas no próximo Domingo.
O Arcebispo

publicado por SoniaGuerreiro às 12:20
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