22
Fev 09

Quando nos vem à mente uma figura de mãe, sempre surge acompanhada de um misto de divino e humano.
 
É muito rara a pessoa que não se comova diante da lembrança de sua mãe.
 
Meninos que abandonaram o lar por motivos variados, e vivem nas ruas, quando evocam suas mães, uma onda de ternura lhes invade o ser.
 
Por que será que as mães são essas criaturas tão especiais?
 
Talvez seja porque elas têm o dom da renúncia...
 
Uma mãe consegue abrir mão de seus interesses para atender esse serzinho indefeso e carente que carrega nos braços.
 
Mas as mães também têm outras características muito especiais.
 
Um coração de mãe é compassivo. A mãe sempre encontra um jeito de socorrer seu filho, mesmo quando a vigilância do pai é intensa.
 
Ela alivia o castigo, esconde as traquinagens, defende, protege, arruma uns trocos a mais.
 
Sim, uma mãe sempre tem algum dinheiro guardado, mesmo convivendo com extrema necessidade, quando se trata de socorrer um filho.
 
Mães são excelentes guarda-costas. Estão sempre alertas para defender seu filho do coleguinha "terrorista", que quer puxar seu cabelo ou obrigá-lo a emprestar seu brinquedo predileto...
 
Quando a criança tem um pesadelo no meio da noite, e o medo apavora, é a mãe que corre para acudir.
 
As mães são um pouco fadas, pois um abraço seu cura qualquer sofrimento, e seu beijo é um santo remédio contra a dor...
 
Para os filhos, mesmo crescidos, a oração de mãe continua tendo o poder de remover qualquer dificuldade, resolver qualquer problema, afastar qualquer mal.
 
No entender dos filhos, as mães têm ligação direta com Deus, pois tudo o que elas pedem, Deus atende.
 
O respeito às mães perdura até nos lugares de onde a esperança fugiu.
 
Onde a polícia não entra, as mães têm livre acesso, ainda que seja para puxar a orelha do filho que se desviou do caminho reto.
 
Até o filho bandido respeita sua mãe, e lhe reverencia a imagem quando ela já viajou para o outro lado da vida.
 
Existem mães que são verdadeiras escultoras. Sabem retirar da pedra bruta que lhe chega aos braços, a mais perfeita escultura, trabalhando com o cinzel do amor e o cadinho da ternura.
 
Ah, essas mães!
 
Ao mesmo tempo em que têm algo de fadas, também têm algo de bruxas...
 
Elas adivinham coisas a respeito de seus filhos, que eles desejam esconder de si mesmos.
 
Sabem quando querem fugir dos compromissos, inventam desculpas e tentam enganar com suas falsas histórias...
 
É que os filhos se esquecem de que viveram nove meses no ventre de suas mães, e por isso elas os conhecem tão bem. 


Ah, essas mães!
 
Mães são essas criaturas especiais, que Deus dotou com um pouco de cada virtude, para atender as criaturas, não menos especiais, que são as crianças.
 
As mães adivinham que a sua missão é a mais importante da face da Terra, pois é em seus braços que Deus deposita Suas jóias, para que fiquem ainda mais brilhantes.
 
Talvez seja por essa razão que Deus dotou as mães com sensibilidade e valentia, coragem e resignação, renúncia e ousadia, afeto e firmeza.
 
Todas essas são forças para que cumpram a grande missão de ser mãe.
 
E ser mãe significa ser co-criadora com Deus, e ter a oportunidade de construir um mundo melhor com essas pedras preciosas chamadas filhos...

 

 

Algures na Net....

publicado por SoniaGuerreiro às 22:51
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07
Nov 07

Primeiro que tudo, todas nós somos filhas, certo? E temos tendência para ver as nossas mães de uma forma algo diferente daquilo que elas são, não é assim?

Agora se você é mãe, bem, dê também uma espreitadela neste artigo e fique a saber qual a imagem que nós, as filhas e os filhos, temos dos cinco sentidos das nossas mães e de mais algumas particularidades. E não se assuste, porque um dia eles também podem vir a passar por isto.

O rosto da mãe é a imagem que uma criança mais guarda na sua memória. Mas para um filho, os olhos da progenitora não se localizam apenas no rosto. Existem também os "olhos nas costas" capazes de verem tudo e mais alguma coisa. E depois há os "olhos inquisidores" que não deixam escapar nada (e muito menos aquela estranha nódoa negra no pescoço). E os "olhos com faíscas" de que é melhor nem falar, porque um simples olhar chega muitas vezes para nos dar vontade de nos enfiarmos num buraquinho bem pequeno.

E os "olhos doces" que elas têm quando estão satisfeitas quando lhes fazemos um carinho? Este é o tipo de olhar que mais gostamos, mas que por vezes não nos esforçamos muito para obter.

Os ouvidos de uma mãe também são muito especiais. Para além de terem de estar preparados para ouvir birras, discussões entre irmãos, lamentos e muitos disparates, têm de estar sempre prontos para nos ouvir quando precisamos. Têm ainda que estar sintonizados para aguentar com a música que tocamos em altos gritos no quarto.

É também este sentido que as avisa quando as coisas não são bem o que parecem e, tal como um sonar, conseguem captar as vibrações da nossa voz quando lhes dizemos que, "bem, as coisas ontem à noite não se passaram exactamente como estávamos à espera".

Possuem também uma capacidade inesgotável para ouvir os nossos problemas, de que falamos horas e horas.

Em relação ao sentido do olfacto, aí é que as coisas se complicam. Se pudemos tentar mentir acerca do que estivemos a fazer até mais tarde na escola, o olfacto de uma mãe é infalível a detectar aqueles cheiros especiais, como tabaco ou cerveja, quer seja na nossa respiração, quer seja nas roupas. Uma dica para confundir este sentido: para escapar ao nariz inquisitivo, ofereça-lhe flores. Não disfarça o cheiro, mas afasta as atenções.

A boca contém em si um dos melhores instrumentos para controlar as crianças que há em nós. É através da voz que podemos saber o que se passa na cabeça das nossas mães e quanto falta para elas ficarem mesmo de "saco cheio". Além disso, a voz de uma mãe tem um enorme alcance, principalmente para nos chamar quando quer que a ajudemos, precisamente quando estamos a ver "aquele" programa de televisão.

A voz permite-lhes ainda darem apoio e dizerem-nos aquelas palavras que tanto precisamos de ouvir em muitas situações da vida, e outras que não queremos ouvir, mas que elas dizem na mesma.

Para além disso, o sentido do gosto, serve-lhes também para conseguirem aquele gostinho especial na comida, que apenas com elas conseguimos saborear.

E, mais importante que tudo, o beijo de uma mãe é mais doce que o mel, seja em que situação for.

O tacto é utilizado pela mães para prepararem a comida, arranjarem a roupa, para a lida da casa, etc. Pois é, se isto a assusta, é mesmo assim que os seus filhos a vêem. Uma empregada doméstica para todo e qualquer serviço.

Mas para eles (nós) as mãos da mãe são as que nos acariciam, que sabem ver, apenas por tocar na testa, que temos febre e estamos doentes, que sabem cuidar das nossas feridas e que nos educam com uma palmada ou duas. E os braços de uma mãe são dos mais longos do mundo, conseguem sempre abraçar todos os filhos e tê-los ao seu alcance.

Outras particularidades das mães passam pelo peito, que invejamos aos doze anos e tememos aos vinte, mas que é sempre suficientemente amplo para nos aconchegar, as suas costas largas para absorverem os problemas delas e os nossos, a barriga, que nos acolheu durante nove meses, e o coração, o maior órgão de uma mãe, para amar e perdoar.

publicado por SoniaGuerreiro às 10:39
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09
Out 07
Pode-se dizer uma montanha de coisas sobre amamentar – barato, maravilhoso para a saúde mental e física do bebé e da mãe, prático porque não obriga a lavar e esterilizar biberãos a meio da noite, ideal para recuperar a linha depois do parte... Só ninguém pode dizer que seja fácil. É verdade que a palavra fácil nunca casa com maternidade. Mas este é um daqueles capítulos que podia ter muitos mais finais felizes.

Ao fim de 48 horas manda-se a mulher para casa, com um bebé que ainda não teve tempo para conhecer e um monte de amigos e família a dar pulos de alegria. Raramente se fala nas dificuldades que estão para vir. Ou então, repetem-se tiradas do tipo “a tua vida nunca mais vai ser a mesma”.

Há coisas mais úteis para dizer. Como, por exemplo, se tiveres fissuras no peito pede logo ajuda porque isso quer dizer que o bebé não está na posição certa. Mas não deixes de amamentar. Se tiveres uma mastite, vais precisar de medicação. Mas não deixes de amamentar. Se achares que o bebé não fica satisfeito, deixa-o mamar mais tempo porque é no fim da mamada que o leite é mais nutritrivo. Mas não deixes de amamentar. Se estiveres tão cansada que não aguentas mais, pede ao pai para lhe dar um biberão e faz uma boa noite de sono. Uma vez bem estabelecida a amamentação, o bebé não se vai esquecer de como é que se mama no peito.

Acontece que a maior parte das pessoas não sabe – nem tem que saber – estas coisas. Por isso, metade das portuguesas desiste do aleitamento materno logo no primeiro mês de vida do filho. Na Islândia, 95% das mães dá de mamar em exclusivo até aos seis meses. São melhores mães do que as portuguesas? Foram abençoadas pela genética com um leite fantástico? Não. Mas têm um truque – enfermeiros que acompanham as mães depois do nascimento.

Neste momento, em Portugal já há enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica a trabalhar em cirurgia ou outras áreas quaisquer para as quais não estudaram. Bastava pô-los a fazer o que mais gostam. Ganhavam eles, em satisfação profissional. Ganhavam as mães e os bebés, em quantidade e qualidade de vida. Ganhava o Estado, em redução de despesas com assistência a crianças com otites, diabetes e obesidade – só só para nomear algumas das doenças que se podem prevenir com o aleitamento materno.

O apoio às mães depois do parto faria muito mais pelas taxas de natalidade em Portugal do que qualquer abono de família. Quantas mulheres não desistem de ter mais filhos porque se sentiram demasiado sozinhas quando tiveram de cuidar do primeiro?

In Visão - Isabel Nery
publicado por SoniaGuerreiro às 14:02
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